terça-feira, 5 de agosto de 2008

Passeio a S.Macário..(que dureza)!!!

Tal como combinado, o ponto de encontro foi às 8h00 no parque de campismo do Merujal, não se tendo registado grandes atrasos por parte do pessoal.
Logo decorridos 10 metros da partida, aparece o primeiro imprevisto do dia, com o registo imediato de uma corrente partida, a qual viria a registar novo problema já na aldeia de Albergaria das Cabras, tendo aproveitado o Grifo e o Fernando para por em dia os seus níveis de cafeína.
Um pouco mais à frente e já a descer para Manhouce, dá-se um furo na mesma bicicleta que tinha registado os problemas na corrente (o homem estava mesmo com azar).
A partir daí tudo decorreu dentro da mais natural normalidade, com o grau de dificuldade do percurso a não registar ainda nada de especial, tendo sido feita a chegada a S. Macário dentro da hora prevista, ou seja, ao meio-dia.
Em S. Macário, procuramos um tasco móvel, onde comemos umas valentes sandes de carne de cabrito que estavam simplesmente divinais. Como era dia de romaria à serra e Domingo, o número de pessoas no local na altura era incrível.
Seguindo o plano estipulado e após algumas fotos da praxe, saímos de S. Macário por volta das 13h30, iniciando-se aí um percurso que viria a ter tanto de belo quanto de penoso para a comitiva.
As paisagens começaram a mostrar todo o seu esplendor e o percurso começou a endurecer um pouco, onde antes da primeira grande dificuldade do dia, o Fernando viu o seu pneu quase rebentar, o que lhe ia provocando uma valente queda. A seguir surge então uma descida muito técnica para a travessia de um pequeno riacho. Após esta dificuldade, aparece de imediato a segunda, com uma subida um pouco técnica e com um grau de inclinação considerável, tendo a malta manifestado um comportamento digno de campeões de XC. No topo e mal se arranca, é de registar mais um furo prontamente resolvido.
O percurso segue calmo, bonito e tranquilo até entrarmos num trilho a subir que pelo facto de ser extenso, íngreme e de repente o Sol ter disparado toda a sua potência sem qualquer brisa temperada, fez uma mossa enorme no pequeno pelotão de valentes e duros bikers.
Atingido o topo, os danos eram por demais evidentes; o cansaço já era mais que notório e o aumento subito de temperatura fez aumentar o consumo de água, tendo levado quase toda a malta a esgotar as suas reservas, à excepção do Sérgio. O Grifo ainda desceu à pequena aldeia de Cortegaça a fim de procurar água, mas a mesma estava deserta e as torneiras secas.
A subida em alcatrão que se seguiu, foi por demais penosa de se fazer, apesar das paisagens terem atingido o seu auge - fantásticas!
A partir daí e até atingirmos Covelo de Paivô, foi sempre a descer e a sonhar com água.
A seguir àquela aldeia e já restabelecidos em termos de líquidos, seguiu-se um trilho até Candal, com um grau de dificuldade bastante elevado, tendo levado um dos duros a desistir com problemas num joelho, ficando no café de Candal à espera que nós fossemos apanhar um carro para o recolhermos.
De Candal à Freita é o percurso que se sabe e conhece, onde o tempo nos preparou mais uma terrível surpresa, ao se passar dos 21 para os 15º em poucos Kms ou até metros. Pelo menos não choveu enquanto estivémos em cima das bicicletas!
Foi nesta parte do percuro, que o nosso Nandinho a certa altura, aparece fresco e sorridente (também ele se vinha ressentido de um problema na coxa) em cima de uma carrinha de caixa aberta.
Em conclusão foi um passeio que correu bem, onde se sofreu muito, onde o tempo de certa forma não ajudou nada, pois foi aos extremos em alturas distintas do dia, onde a malta apesar das dificuldades, se portou muito bem.
Pela dureza, é um percurso que exige preparação e muito espírito de sacrifício, mas que considero ser imprescindível ser feito por quem realmente goste do BTT.
Em Setembro vai haver nova romaria a S. Macário, com algumas alterações no percurso.
Antes de terminar gostaria de ressalvar o excelente convívio que se registou, o normal espírito de entre-ajuda que existiu e apresentar as minhas desculpas pela dureza do percurso (pois a certa altura queriam-me pichar com petróleo e cobrir-me de penas), mas quem quer ir por terra para locais tão acidentados, não tem muita escolha ou mesmo nenhuma.
Abraços a todos e brevemente os nossos fotógrafos de serviço disponibilizarão os seus bonecos, que devem ser bem bonitos.

André Morais.

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